Um dia quem sabe, meus filhos vão se sentar ao meu lado e vão perguntar quem foi o primeiro amor da minha vida. Quando isso acontecer será impossível não pensar em você, talvez uma lágrima saia dos meus olhos ao lembrar que fazíamos planos de nos casar e ter dois filhos, eu vou lembrar que poderia ser os nossos filhos, e eu poderia dizer “o meu primeiro e único amor, foi o seu pai”.
Quando eles me perguntarem isso, eu vou lembrar-me do dia em que nos conhecemos, éramos apenas dois adolescentes descobrindo o amor, eu vou me lembrar das juras eternas, de todas as lágrimas que foram derramadas, vou me lembrar que tinha tudo para ser eterno, e que terminamos por um motivo bobo, mas que na época me feriu muito.
E talvez a culpa não foi só sua, como eu costumava dizer. Porque um relacionamento para começar precisa das duas partes, e para terminar também.
E se eu soubesse a onde você estaria eu lhe dizia: muito obrigado, você conseguiu me fazer feliz, será que eu posso voltar no tempo só por um dia? Não é para mudar algo, é só para reviver os momentos juntos que vivemos! Fico triste. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido.
Se eu te encontrasse, em um dia qualquer, em um lugar qualquer, talvez o meu coração bateria irregularmente como costumava bater a alguns anos atrás quando te via. Eu iria disfarçar e fingir que não lembrava muito de você, embora eu se lembrasse de você mesmo daqui a 100 anos.
Iria perguntar se você se casou, e se você tem filhos, independente da sua resposta eu diria que meus filhos são lindos e que sou muito feliz. Iria fazer você pensar que você não significou nada para mim.
E novamente meu filho me perguntará “mãe, me responde, quem foi o seu primeiro amor?” e eu irei acordar de todos aqueles pensamentos. E irei responder. “ foi um garoto qualquer, e não importa quem foi o primeiro, o importante foi o último, e ele é seu pai”.
Eu enxugarei uma lágrima antes dela cair, te esquecerei, e lembrarei que amores vêm e vão.
karina andrade :)
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